terça-feira, 23 de julho de 2013

Alice no país das maravilhas.

Talvez nada na vida seja assim tão certo, tão definido, eu estava perdido, andava intensamente sem caminho, nem sempre o desejado é aquilo que ganhamos. Nem toda luz acende um caminho, vai ver o buraco é grande demais para haver uma luz no fim do túnel, as luzes se apagam com o tempo, e tudo no fundo se torna escuro, como sempre foi.
Nem todo romance nasceu pra funcionar, acontece que o Sol sempre corre pra se esconder da Lua, nem tudo na vida acontece. Alice eu fomos um desses casos, não ficamos juntos, Alice era estilo violão no sofá, café na sacada, e um filme ao anoitecer, eu era sei lá. Não sou o tipo de cara que Alice precisava, eu sou todo disfuncional, e com o tempo ela ia descobrir que eu era um problema.
Todo mundo precisa de alguém para cuidar dela, ninguém pode viver sozinho, mas ela não é obrigada a ficar comigo, ela merece coisa melhor, um cara mais alegre, menos carrancudo, o cara, tipo Caio Castro. Alice é o tipo de menina que você se culparia a vida toda por ter errado com ela, por ter feito uma burrada que estragasse a vida toda dela. Não é bem o tipo de consequência que eu quero na minha vida, e daí se eu deixei a mulher da minha vida escapar? Qual o problema nisso? Nem todo mundo pode ter o que quer, eu soube no momento que á vi que ela era a mulher da minha vida, mas eu não podia ser o homem da dela, não é justo. Eu amo ela, mas isso é um segredo meu, ela nunca precisou saber disso.
- Sinto muito, Alice! - Nunca á vi chorando, e ela parecia uma criança indefesa, como se acabasse de saber que Papai Noel não existe, mas nos conformamos com o passar do tempo, ela vai me esquecer.
Ela foi embora, disse que não ia me esquecer, ela me deixa louco. Disse como um sussurro "Amo você", ela nunca soube disso, e nem nunca vai saber pois não estamos mais juntos, ao longo do tempo esse sentimento se acomoda na rotina, e vamos apagando isso da memória, até não sobrar mais nada, nada além de um vazio.
Ninguém tem atestado para dor no coração, é uma das dores mais desconfortáveis e essa coisa de ter que ser forte isso não é justo. Mas a vida deve seguir.
Será que ela esta bem? Ela está livre, ela consegue, ela é forte, sabe se virar sozinha. E eu? Sempre pensei que eu ia sair dessa bem, eu não, nunca quis sentir isso, e eu acho que me assustou, tudo isso de uma forma tão ridícula, como se eu estivesse fugindo de um palhaço.
Se as pessoas pudessem ver por dentro, provavelmente veriam o fardo que eu carrego, e "vivemos felizes para sempre", como? Me ensina, toda história de amor, começa e acaba no casamento, jovens, sorridentes, mas ninguém conta o depois. Ninguém sabe o que é amar sem ter, mas por que eu à deixei mesmo? Ela disse uma vez que me amava e eu amo ela, seria tão ruim assim tê-la em minha vida?
-Sim - falei para mim mesmo, ninguém merece você como noivo, como amor, para uma vida toda, e afinal você não suportaria decepciona-la como já fez com milhares de pessoas. - Nunca mais ligue para ela, deixe que ela siga sua vida, você a libertou, seja justo, deixe a que ela te esqueça. - Mas eu pensei apenas nela, e eu? Quem vai cuidar de mim? Quem eu sou? O que eu sou? Não sou o monstro do Lago Ness.
"Você fez o que era certo, ela está melhor sem você.", e se eu fosse o melhor pra ela?
"Alguém que deixa a pessoa que ama, nunca é o melhor!"

Me perdoem o atraso, não ando entrando na internet, e assim que eu voltar as aulas provavelmente não entrarei, até depois do enem, cursinho, escola, estudar, muitas coisas hahaha, vou me esforçar para que nessas duas semanas que eu ainda tenho poste diariamente capítulos, um abraço e um beijo, Clara. 

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