quinta-feira, 9 de maio de 2013

Alice do país das maravilhas

Oi gente, enfim saiu o segundo capítulo, demorou mas tá ai.


E passou uma semana sem que ela fosse ao bar. Eu fazia um martine, pensava em Alice, limpava o balcão, batia morango com vodka e pensava em Alice, atendia meninas fáceis, e pensava em Alice. 
Sai daquele lugar, fui para a merda do quarto hostil onde não fedia a bebida, mas sim mofo, e perfumes escandalosos. Dei um trago, depois dois, e saco minha folga-momentanea-solitária foi atrapalhada.
Em uma história onde se faz os outros chorarem começamos do início para o final, mas quando queremos que nossos leitores se emocionem e entendam que essa não é uma história qualquer e sim a história em um cara de colapso triste por uma garota a gente começa do final pro início.
Eu gosto de solidão, mas Alice começou a entrar na minha vida e começamos a viver uma única vida de paz até que aconteceu.
A coisa é tão grande que bate na gente arrebenta toda a estrutura, desintegra milhares de anomalias na gente, a coisa é tão feia que deixa rastros pro resto da vida, a coisa é tão grande que eu não me sinto bem em ver a coisa acontecer, porque eu vivi a coisa e sei que a coisa que eu me refiro é a pior que pode acontecer. A coisa não é só isso, a coisa tende a dar problema, e por ai você que é participante do teatro de coisas fica sem entender e ai no meio, se querer, você tá lascado, porque a coisa manda em você, porque a coisa é seu sentimento, e a coisa quer algo e tá vendo, é tudo assim mesmo.
 A sereia do mais profundo oceano havia me pescado, eu havia ouvido lendas, havia pergaminhos, até desenho fictício dela tinha, sereias são escapulas do mau, te levam ao nível máximo de loucura, naturalmente elas agiam com todos e quais querem instintos dos homens, avisavam os velhos sábios que a embarcação caiam em um traze completo e inesperado pela voz e a singela naturalidade de sua beleza. As sereias eram o ponto do amor dos velhos pescadores solitários e infelizes, embarcavam em algo sem volta, tendo a esperança de que com eles seriam diferente, feitiço, bruxaria, magia, qual fosse o nome do encanto satisfatório produzido pela diferente magnífica sereia não vinham ao caso, sua rapidez em os fazerem apaixonar, sua voz suave que inexplicavelmente ninguém poderia salvar os pobres coitados. Atordoados iam morrer e com um último suspiro de amor perigoso. Almas vagariam pelas águas borrifadas de maldade pelo cenário odioso da ilustração perfeita de uma sereia. Não existe por do sol que supere a beleza de uma sereia, são coisas singelas que transformam uma coisa tão simples em uma coisa tão ampla, mas o que ninguém nunca soube era que a pobre sereia só levava os bobos da corte porque ela já sofrera antes e aquele era seu meio de vingança, tolice claro, mas as vezes o único modo de seguir em frente é sacudir a poeira, é fazer a mesma coisa, é dar o troco.  Era assim com Alice, mas ela não era uma sereia, ela era um ser humano, tão comum como todos os outros, tão semelhantes como aqueles denominados normais. Alice não era uma sereia que vagava no oceano á procura de uma alma pura de um pescador burro, certo?
“Eu sempre vou te amar, e de sempre pra sempre.” e isso era tudo. 

Beijos, Clara. 

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