quinta-feira, 2 de maio de 2013

Alice do país das maravilhas

Primeiro capítulo demorou mais chegou haha, espero que gostem...


Nem todo destino é grande o bastante para apagar uma lógica de amor do passado, isso não é algo que se precise comprovar, eu sei, eu vi, funciona. As lembranças são coisas vinculadas com o nosso meio, com o nosso ser, não se rouba, não se retira, com o tempo elas somem, mas sempre por algum impulso do momento elas voltam. Se mostram fortes o bastante pra te deixar lá em baixo com certos momentos vitoriosos, que você jamais gostaria que se esvaísse de sua vida.
A ordem dos fatores não altera o produto, tenho certeza que já ouviram falar disso. Há algum tempo conheci a tão famosa gostosa dos olhos verdes e cabelo estilo pôr-do-sol, Alice. Ela era estilo tudo que há de bom no mundo, era a oitava maravilha, ou a primeira, como preferir. Conheci Alice no meu trabalho, sou o barman da Rua 28 e sim esse é o nome do bar.
- Uma tequila, por favor. – Ela pediu.
Entreguei seu drink, tirei um cigarro e ela me olhou curiosa, seus olhos percorreram pelo meu rosto como se esperasse algo de mim, dei um trago. O bar já estava quase fechando, mas aquela era uma ótima chance para flertar com uma linda mulher em um bar para mais de 4 da manha.
- Cigarro faz mal pra saúde. – ela disse depois de um tempo.
- Álcool também faz, e nem por isso você não está bebendo. – retruquei com um pouco de maldade, mas era verdade, eu era desagradável e claro um pouco detestável.
- Como quiser prazer Alice. – e foi ai que tudo começou.
Você espera não se apaixonar pra tentar manter tudo o que você sempre leu dos livros de amor, proteção, do fim idiota, que o amor é uma droga não tivesse valido nada. Contra o amor, nem remédio, nem astrologia, nem magia negra, batucada rústica, nem Aladim salva, nem mesmo as milhares de músicas feitas sobre isso pode te deixar pra lá, do amor somos só um fusca velho com o motor fundido na contramão com um caminhão vindo à nossa direção. Bateu pego.
Acho que talvez tenha falhado algum comando no cérebro, ou desestabilizado alguma coisa por aqui, eu só sei que talvez não tenha sido nesse instante, mas que tudo o que eu senti pelo instante começou por ai. Alice era a combinação perfeita de Gabito Nunes, Ana Julia, chocolates e pôr do sol.
-Prazer, Caio. – Nunca fui de me apegar, eu conhecia muito bem as mulheres, sabe, aquele extinto delas de achar que o primeiro homem com que elas dormem é o amor de suas humilhantes vidas e que estão presas pro resto da vida neles, e que é recíproco, então elas ficam grudentas, não querem ser individuais, e se prendem em você como uma ostra na pedra, isso é insegurança. Mulheres, são todas problemáticas, mas Alice, não sei entrei em um colapso gay por ela, ela sorriu e foi embora e eu pensei que nunca mais ia ver aquele ser na minha vida e isso era bom, talvez eu pudesse entender que merda estava acontecendo comigo.
Alice, ó Alice. Nada melhor que uma noite, uma vodka e um cigarro para florir sentimentos em um homem fora do comum, essa coisa de ti ti ti é coisa de mulher. Eu me sentia um gay, mas um gay que pensava em Alice, sem mesmo conhece-la e desejava vê-la de novo. 

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